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O Gaudério MacunaÃma e a Pititinga Macia de Brunilde
Porto Alegre: Mercado Aberto/Edunisc, 2001.
“Num texto ao mesmo tempo leve e profundo, Sérgio Schaefer remete o leitor ao mundo de MacunaÃma, continuando um interessante projeto de revisitar grandes obras e autores da literatura brasileira. Com O gaudério MacunaÃma e a pititinga macia de Brunilde, o autor enfatiza três traços emblemáticos de MacunaÃma: o espÃrito aventureiro, que o faz sentir-se em casa onde quer que esteja; a capacidade de mentir, com a qual resolve os problemas que se lhe apresentam; e o borboletismo polÃtico, uma vez que não sente escrúpulo algum em mudar suas opções polÃtico-partidárias.
Sérgio Schaefer é uma voz diferenciada na narrativa do Rio Grande do Sul. Sua linguagem é ousada, revive o prazer da palavra, a graça dos nomes, enfim, oferece ao leitor um jogo estético que troca um cansaço convencional por uma criação fascinante, com boa dose de humor. Seu radar literário tem os olhos no mundo, na história. Vale a pena conferir.” ELENOR JOSÉ SCHNEIDER, professor de Literatura Brasileira. (Da Apresentação ao livro)
“Sérgio Schaefer deu mais uma mostra de sua arte – é verdade que não tão vigorosa [quanto em Rosas do Brasil], embora ainda mais zombeteira – com a publicação recente de O gaudério MacunaÃma e a pititinga macia de Brunilde. Desta vez a brincadeira foi com Mário de Andrade, seguindo os mesmos moldes picarescos. O vigor lingüÃstico continua, com trabalhos de aglutinação substantival, justaposição verbal, verbalização de substantivos, reduções e apócopes mui modernosas, adjetivações (muito mais) tÃpicas da lÃngua alemã e abrasileiração de vocábulos estrangeiros (tanto do inglês conhecido, quanto do alemão desconhecido). A chacota vai grossa – à s vezes é tanta que se esgota em si mesma – e carrega consigo um tantinho de crÃtica social. Semelhante a Márcio de Souza – para buscar um aparentado brasileiro – no talhe, Sérgio Schaefer é, assim, o único ficcionista gaúcho rematadamente pÃcaro e burlesco da atualidade.” MARCELO BACKES, jornalista e crÃtico literário. (Vox XXI, nº 22, ano 2, setembro de 2002, p. 27-28)
“Este é o espÃrito do criativo romance [O gaudério MacunaÃma e a pititinga macia de Brunilde] de Sérgio Schaefer: na diluição dos limites entre o real e o imaginário, a fiação de uma arte que transita livremente entre o mythos e o logos, afirmando-se como fingimento eterno, liberto de qualquer orientação que se queira única, espaço legÃtimo da criação artÃstica.
Numa linguagem audaciosa, em que o humor desestabiliza o sossego do hábito e aponta para o convÃvio com o inesperado, o autor recupera e transfigura a estrela da obra andradeana. Se no não menos genial Rosas do Brasil, Schaefer nos incitava a sair do raso mundo para penetrar no fabuloso “rosamundo” de Guimarães Rosa, em O gaudério MacunaÃma e a pititinga macia de Brunilde somos novamente impelidos a adentrar num mundo que não se fixa no ordinário. E dessa vez podemos chegar à s estrelas. Não mais à constelação boreal da Ursa Maior, mas ao Cruzeiro do Sul. E é o humor e o brilho austral da palavra de Sérgio Schaefer que, mais uma vez, faz toda a diferença. Ave, palavra schaeferiana!” ROSÂNGELA DE MELLO, escritora. (Da Apresentação das obras dos finalistas indicados ao Prêmio Açorianos de Literatura, Porto Alegre, 2002)
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